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Origem

Nasci em Porto Alegre – RS. Nada diferente da maioria das crianças, mas tinha o encantamento pelos cavalos. Os primeiros contatos de que me lembro foram animais de carroceiros. Eu escondido de meus pais, obviamente, levava um pastinho para dar na boca deles.

 

Meu quarto tinha vários desenhos e recortes de cavalos nas paredes. Lembro-me de cadernos em cujas capas eu colava desenhos feitos por mim; de cavalos, é claro. Não saberia explicar essa paixão.

 

Mais tarde, com uns doze anos, por motivos familiares, tive que ir morar na fazenda de um tio, no extremo sul do país. Lá foi onde os cavalos entraram de verdade em minha vida. Trabalhávamos o gado em mangueiras com esses animais e percorríamos os campos. Sempre me sobravam cavalos com problemas: os que não paravam para montar, aqueles que davam coices, e os que não permitiam serem pegos no campo... É o que sobra para guri em fazendas. Eu, por não ser uma pessoa violenta por natureza, não tinha problemas com esses animais.

Nessa fase de minha vida, os cavalos foram meus confidentes. Eu me sentia muito só, pois estava afastado de meus pais e meus tios me eram estranhos até então. Muitas vezes passava muito tempo com os cavalos no galpão: escovando, penteando e literalmente conversando com eles. Foram extremamente importantes para minha saúde mental.

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Vivi a maior parte da minha vida em grandes cidades, mas sempre com cavalos por perto. Morei por muitos anos no Rio de Janeiro. Na mesma época, uma irmã minha morava numa fazenda em São Paulo, para onde ia a cada quinze dias.

Quando voltei para o Rio Grande do Sul já adulto, descobri com um amigo que seria possível ter cavalos hotelados. Fomos fazer uma visita a uma destas hotelaria no bairro Lami em Porto Alegre.  Claro que já saímos de lá com dois cavalos comprados. Desde então não parei mais.

Vocação

Fui estudar sobre comportamento equino com profissionais da área. Deram-me um belo norte para seguir. Como sempre fui muito dedicado ao que escolho fazer e tendo a internet como aliada, joguei-me de cabeça para entender esses seres que amo e que um dia me ajudaram em momentos difíceis.

Hoje trabalho em casa, numa propriedade pensada inicialmente para o bem estar de nossos animais. Como os cavalos sempre me colocaram em contato com pessoas de gostos semelhantes e de diversas origens, porém anseios comuns, fui aos poucos seduzido pela profissão. Na realidade, eu já brincava com a doma. Fazia isso para amigos e para meu próprio uso.

 

Na época, uma amiga publicitária me contratou para um trabalho. Ela adorou o resultado obtido em uma semana, por isso sugeriu que eu deveria divulgá-lo. Resisti bastante no início, mas a insistência dos amigos me venceu. Essa foi a ideia inicial que prosperou e aqui estou apresentando.

Vivendo a tradição. Respirando cavalo

“Inferior a todos os seus pares no reino animal – enxergando menos, escutando menos, menos veloz, menos ágil e menos forte, o homem fatalmente seria um escravo. O cavalo fez dele um rei.”

Al Mutanabbi (séc. X).

Beco do Cervo, 1820

Viamão, RS

Tel: (51) 99714-4510

Email: fuculo33@hotmail.com

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